Por Heber Obregon – Tupã-SP
Na sequência da minha viagem por Cheyenne, capital do estado do Wyoming, agora no dia 15/09/2023, uma sexta-feira, a parte da manhã foi dedicada a visitar a Mansão Histórica do Governador, que como o próprio nome diz, serviu como residência oficial do Governador do estado do Wyoming e seus familiares de 1905 até 1976.
Dos governadores que lá residiram nesse período, destaque para Nellie Tayloe Ross, professora de formação e que se tornou a primeira governadora de um estado na história dos Estados Unidos, governando o Wyoming de 05 de janeiro de 1925 a 03 de janeiro de 1927, em sucessão ao seu marido William Ross, que faleceu durante o mandato e foi necessária outra eleição, quando Nellie, mesmo sem fazer campanha publicamente, acabou eleita. Posteriormente tentou a reeleição, mas foi derrotada. No seu governo continuou com as políticas progressistas do seu marido, apoiou a Lei Seca, vigente na época, e leis que protegiam as crianças, mulheres trabalhadoras e mineiros.
Em 1976 uma nova residência oficial foi construída e a mansão se tornou um museu histórico a partir do ano seguinte. Na mansão também se hospedaram alguns presidentes dos Estados Unidos que visitaram Cheyenne, o último foi Richard Nixon.
Na entrada existem 4 colunas imponentes de estilo grego. Possui 2 andares, sendo que no térreo está localizada a sala de jantar, com o 1º andar dedicado aos cômodos pessoais e dos hóspedes e o 2º andar uma varanda fechada. O seu interior foi devidamente caracterizado para representar os diferentes períodos do lugar referentes aos anos 10, anos 30, anos 50 e anos 60 do século passado. O ambiente interno, principalmente móveis, tem muitas semelhanças com algumas residências de fazendas de café que temos aqui no Brasil e com o Solar Luiz de Souza Leão, a antiga residência do fundador de Tupã, cidade onde vivo, e que também se encontra aberta à visitação.
Mas o que mais chamou atenção foi a presença, no subsolo da mansão, de uma espécie de quarto que servia como abrigo nuclear, devidamente caracterizado, com destaque para o depósito de mantimentos, caso as pessoas tivessem que ficar lá protegidas por vários dias no caso de um ataque nuclear, ameaça essa que existiu com grande intensidade nos Estados Unidos durante o período mais agudo da Guerra Fria, na primeira metade da década de 60 do século passado.
A visita durou cerca de 2 horas, sendo que não foi necessário fazer qualquer tipo de agendamento, bastou chegar e entrar. Na entrada fomos recepcionados por uma guia que nos deu as informações iniciais sobre o lugar (estávamos em 5 pessoas, além de mim, minha irmã e meu cunhado, que me acompanharam na viagem aos Estados Unidos, havia duas turistas do estado de Ohio que também chegaram naquele momento) e depois nos deixou à vontade para explorar o local. Foi um dos raros lugares que visitei nos Estados Unidos cuja entrada foi gratuita.
Foto 1 – Entrada da mansão.
Foto 2 – Mesa da sala de jantar.
Foto 3 – Sala de estar – andar térreo.
Foto 4 – Quarto das crianças no 1º andar.
Foto 5 – Varanda fechada no 2º andar.
Foto 6 – Compartimento de mantimentos no interior do “Abrigo Nuclear”.
Para conhecer mais e fonte bibliográficas para fazer o texto:
Fotos: arquivo pessoal
Heber Obregon – Tupã-SP
Correspondente do Canal 10 Fernandópolis.