Na última terça-feira à noite, um encontro importante reuniu as protetoras independentes de Fernandópolis, com destaque para a presença do Vereador Chandelly, representante de Votuporanga. A pauta da reunião foi direcionada às políticas públicas para os animais, abordando principalmente o abandono e os maus-tratos enfrentados por elas na cidade.

Durante o encontro, as protetoras Marcela Barbar, Meire Costa, Emiliana Rybezynski, Telma Santareli, Liana Ribeiro, Tânia Frazão e Poliana Massuia relataram a falta de comprometimento do poder público com os animais em situação de rua, evidenciando que pouco tem sido feito para solucionar esse grave problema. Elas também enfatizaram as dificuldades enfrentadas no cotidiano, como a escassez de programas de castração e a necessidade de conscientização das autoridades sobre o caráter de saúde pública a esse respeito.

O Vereador Chandelly, por sua vez, compartilhou suas experiências e as ações realizadas em Votuporanga, citando diversas leis que garantem os direitos dos animais. Ele ressaltou que as autoridades têm a responsabilidade de solucionar essas questões, em vez de sobrecarregar os protetores independentes que são meros voluntários.

"A Câmara Municipal, que é um poder independente, tem a prerrogativa de cobrar o Poder Executivo sobre estes benefícios e ficar atenta aos orçamentos anuais. É preciso incluir recursos para a Proteção Animal da cidade, criar leis de iniciativas de vereadores e cobrar leis de iniciativa do Prefeito. Os impostos pagamos aos cofres públicos, e não para os protetores." disse Chandelly.

Motivadas pelo debate, as protetoras convidaram o Vereador Chandelly para ministrar uma palestra na cidade de Fernandópolis, a fim de promover ainda mais a conscientização sobre os direitos dos animais. Além disso, foi proposta a realização de uma audiência pública, com o intuito de cobrar a atuação efetiva do poder executivo, legislativo e judiciário no que diz respeito ao bem-estar dos animais em Fernandópolis.

As protetoras também relataram as dificuldades que encontram quando acionam as autoridades policiais para atender uma denúncia de maus-tratos, o que não poderia acontecer.

"Temos a Lei Federal, de Crime Ambiental, que é a 9.605/98, artigo 32 e temos a Lei Federal 14.064/2020 que precisam ser cumpridas. Se tem essas leis, tem provas materiais e testemunhais, nenhuma autoridade policial pode negar atendimento em casos de maus-tratos. Caso contrário, é prevaricação e isso deve ser levado ao conhecimento da corregedoria da polícia e Ministério Público. É dever das autoridades policiais ir até o local," ressaltou Chandelly. 

Diante dessa importante reunião, espera-se que haja uma maior sensibilização das autoridades, bem como a implementação efetiva de políticas públicas voltadas para a proteção animal. 

"Os animais merecem nosso respeito, cuidado e proteção, e é fundamental que a sociedade e o poder público unam esforços para garantir seu bem-estar. Essa será a nossa luta daqui por diante," disse a protetora Meire Costa.