De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de mortes relacionadas às superbactérias resistentes aos antibióticos tradicionais saltou de 700 mil para 1,2 milhão.
A superbactérias são produzidas pelo uso excessivo de antibióticos. Quando os antibióticos são usados em excesso ou são mal utilizados, as bactérias que causaram a doença em questão são sobre-expostas e produzem mutações na tentativa de sobreviver.
A situação pode agravar ainda mais, já que as grandes farmacêuticas estão abandonando pesquisas de novos medicamentos. A OMS alerta que o número de pesquisas de novos antibióticos é baixa, levando em consideração o aumento da resistência antibacteriana. Os antibióticos comercializados hoje em dia são variações de medicamentos criados na década de 80, sendo que no mundo todo, apenas 77 novos tratamentos estão em desenvolivmento clÃnico e grande parte desses medicamentos são derivados de antibióticos que já existem.
A previsão é que as mortes por resistência antimicrobiana nas próximas décadas rivalize com mortes por câncer, chegando ao patamar de 10 milhões de mortes em 2050, ultrapassando as 8,2 milhões de pessoas que morrem por algum tipo de câncer por ano.
A ideia da pauta é falar sobre a importância das pesquisas de novos medicamentos para evitar que o número de mortes relacionadas às superbactérias continue avançando.
Minha sugestão de fonte para falar sobre o assunto é o Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa ClÃnica (ABRACRO). Ele possui graduação em Bacharelado em Farmácia e BioquÃmica pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, MBA em Economia e Gestão da Saúde pela Unifesp, MBA em Gestão Executiva na Indústria Farmacêutica pela Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, e Mestrado em Gestão da Saúde pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas.