O número de casos de SÃndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tem crescido significativamente no Brasil em 2025, com destaque para a região Centro-Sul. Um novo boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (12), revela um aumento de 91% nos registros de SRAG em comparação com o mesmo perÃodo do ano passado.
Na área de abrangência de São José do Rio Preto, Votuporanga, José Bonifácio e Catanduva, já foram notificados 3.288 casos de SRAG desde janeiro. Desse total, 265 evoluÃram para óbito, representando uma taxa de letalidade de 8,1%.
A situação preocupa especialistas e autoridades de saúde, especialmente diante da baixa adesão à campanha de vacinação contra a gripe. Em Rio Preto, por exemplo, a cobertura vacinal geral está em apenas 42,92%. Entre os grupos prioritários, os Ãndices continuam abaixo do ideal: 45,43% entre idosos, 34,53% entre crianças e 50,14% entre gestantes.
De acordo com o boletim da Fiocruz, os principais responsáveis pelas hospitalizações por SRAG neste ano são os vÃrus Influenza A e o VÃrus Sincicial Respiratório (VSR). Na comparação estadual, a região de Rio Preto lidera com a maior positividade para vÃrus respiratórios no estado de São Paulo, com 58% dos casos testados confirmando presença viral.
Veja os números de 2025 por municÃpio da região:
Casos de SRAG:
Óbitos por SRAG:
Nos hospitais de referência da região, o cenário também reflete esse avanço. No Hospital de Base (HB), há 16 pacientes internados com Influenza A, 8 com VSR e 7 aguardando resultado laboratorial. Já no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), são 4 casos confirmados de Influenza A, 24 de VSR e 5 em análise.
Em todo o paÃs, já foram notificados 93.779 casos de SRAG em 2025. Desses, 47.343 (50,5%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vÃrus respiratório, com destaque para o VSR (45,1%), a Influenza A (24,5%) e o SARS-CoV-2 (9,9%). Entre os óbitos recentes, 75,4% dos casos positivos estavam associados à Influenza A, segundo a Fiocruz.
O boletim destaca ainda que, embora já existam sinais de estabilização ou queda dos casos em algumas regiões, os nÃveis seguem altos. A Fiocruz reforça a importância da vacinação como principal forma de prevenção, especialmente entre os grupos de risco.